INTRODUÇÃO

Já ouviu falar da esgana canina? Esta doença, causada pelo vírus da esgana, é também conhecida como esgana canina ou doença de Carré. Afecta normalmente os cachorros ou os cães não vacinados porque o seu sistema imunitário está enfraquecido.

O QUE É A ESGANA CANINA?

A esgana, também conhecida como esgana1 ou doença de Carré, é uma doença infecciosa de origem viral, que afecta os animais das famílias Canidae, Mustelidae, Mephitidae, Hyaenidae, Ailuridae, Procyonidae, Pinnipedia, alguns Viverridae e Felidae (embora não os gatos domésticos, que sofrem de outras doenças, como a rinotraqueíte ou a calicivirose, com sintomas respiratórios). Destes, os mais importantes, devido à sua relação com o homem, são o cão, o furão e a marta.

O vírus é um tipo de ARN de cadeia simples e polaridade negativa, pertencente ao género Morbillivirus da família dos paramixovírus e, por conseguinte, um parente muito próximo do sarampo.567 Apesar de existir uma vacina contra o vírus, a doença continua a ser muito frequente em muitas regiões do mundo.

SINTOMAS DA ESGANA CANINA

Os sintomas da esgana canina podem ser variados e diferentes, dependendo do grau de envolvimento e do quadro clínico do animal. Além disso, nem todos os vírus da esgana canina são igualmente virulentos, uma vez que existe mais do que uma estirpe ativa.

Na maioria dos casos em que o sistema imunitário do cão está gravemente enfraquecido por alergias caninas ou outras doenças, a esgana em cães pode causar consequências e sintomas graves após cerca de duas semanas:

• febre alta e mal-estar geral
• problemas gastrointestinais, como vómitos, diarreia e desidratação
• sintomas respiratórios, como corrimento nasal, amigdalite e pneumonia
• perturbações do sistema nervoso central, como cãibras, cegueira e tremores musculares
• Problemas oculares
• Formação excessiva de pele no nariz e nas almofadas
• Problemas dentários
• Consequências mais graves e irreversíveis como a morte.
  
  

COMO PREVENIR A ESGANA CANINA

A melhor forma de prevenir a esgana em cães é através da vacinação. Para isso, deve discutir com a equipa veterinária o calendário de vacinação adequado, tendo em conta aspectos como a taxa de prevalência na zona.

O vírus da esgana canina tende a ser mais agressivo quando afecta cachorros com um sistema imunitário imaturo, por não terem sido vacinados. Se não for vacinado, um cão adulto pode também estar indefeso contra o vírus.

Para além de, por vezes, ser uma doença difícil de diagnosticar pelos sintomas, algumas interpretações laboratoriais mostram que o vírus da esgana pode também ocorrer em cães que já foram vacinados. Por outro lado, existe também a possibilidade de um “falso positivo”, quando o animal apresenta um resultado positivo para a esgana canina, mas não é esse o caso. Por esta razão, é essencial que visite o veterinário regularmente para que todos os testes necessários possam ser efectuados.

CONCLUSÃO

Todos os animais susceptíveis devem receber duas ou mais doses de uma vacina contra a esgana, ou uma vacina combinada, durante a sua fase de desenvolvimento, entre as seis ou sete semanas de idade e os três ou quatro meses de idade, e depois ser revacinados anualmente ao longo da sua vida. Existem vários tipos de vacinas no mercado para cães domésticos e furões, que em algumas jurisdições são obrigatórias para animais de estimação.

Os animais afectados devem, se possível, ser colocados em quarentena, isolados de outros indivíduos da sua espécie durante o tempo em que o vírus se propaga.

O vírus é destruído no ambiente através da limpeza de rotina com desinfectantes, detergentes ou secagem. Embora não sobreviva no ambiente durante mais do que algumas horas a uma temperatura média (20-25 °C), pode sobreviver durante várias semanas a temperaturas ligeiramente superiores a zero.