O seu nome diz tudo: o coelho azul de Viena é originário da Áustria. Não só é bonito com o seu pelo azul-acinzentado...
COMO É QUE SEI QUE O MEU HAMSTER VEM DE UM CRIADOR ÉTICO?
INTRODUÇÃO
Muitas vezes ouvimos dizer que a única coisa que tem de fazer nesta vida para adquirir um animal de estimação é adoptá-lo, tudo baseado na ideia de que a venda é “má” e que se baseia numa suposta “exploração”.
Como em todo o lado, podemos encontrar pessoas responsáveis e irresponsáveis, bem como criadores responsáveis, abrigos que se aproveitam da boa fé dos outros ou pessoas maravilhosas que dão uma segunda oportunidade aos animais.
A FORMA DE FALAR
Um criador ético será sempre uma pessoa informada que lhe explicará todas as suas dúvidas de uma forma profissional e concisa. Uma pessoa que só quer vender dar-nos-á apenas a informação correta (ou nem isso), pois o seu principal interesse é vender-nos o animal que nos interessa, e será insistente.
Além disso, a maioria dos criadores de hamsters éticos pertence a um clube ou associação de criadores nacional ou internacional (sobretudo clubes ingleses ou americanos), o que os obriga a cumprir normas específicas de bem-estar.
COMO SÃO MANTIDOS
O criador ético investe uma grande parte dos seus pequenos rendimentos ou salário na melhoria das instalações e na aquisição de exemplares de qualidade para evitar a introdução de doenças genéticas, comportamentos indesejáveis (agressividade) ou cair numa consanguinidade demasiado forte.
A primeira coisa que podemos observar é que os recintos onde vivem os hamsters têm paredes lisas (não são as típicas gaiolas com grades), são espaçosos (mínimo 80 cm x 40 cm x 40 cm, sendo o ideal 100 cm x 50 cm; O ideal é 100 cm x 50 cm x 50 cm), têm uma base de substrato absorvente (papel ou granulado de soja), muito papel de cozinha picado para que possam fazer túneis ou o seu ninho, várias casinhas para se esconderem e uma roda adequada à sua espécie (no caso do hamster sírio a roda deve ter 30 cm de diâmetro, sem barras ou efeito de guilhotina).
Também não os mantém aos pares ou em grupos, mas respeita a regra de ouro de manter um hamster por habitat (deixando de lado as mães com as suas crias a amamentar ou grupos de irmãos que ainda possam ser mantidos juntos antes da separação definitiva).
Este tipo de pormenor não se vê em lojas de animais convencionais (tradicionais) ou em “pseudo-criadores” que não se preocupam com o bem-estar destes animais, apenas em produzir ninhadas rapidamente e vendê-las de forma rápida e barata.
No que diz respeito à saúde das fêmeas, os criadores éticos não fazem mais de duas ninhadas em toda a vida das fêmeas e estas são retiradas entre os 12 e os 18 meses de vida (1 ano ou ano e meio), para serem entregues para adoção com um contrato de cedência ou para serem mantidas como animal de estimação na casa do criador, se este tiver espaço suficiente.
FAZ-LHE PERGUNTAS E ACONSELHA-O
O criador ético faz sempre perguntas ao futuro proprietário: a sua experiência, se tem tudo o que é necessário para poder dar uma boa vida àquele hamster, se tem alguma preferência (macho ou fêmea)?
Muitos criadores enviam também um documento com as noções básicas de bem-estar que o cliente deve ler e assinar: alimentação, saúde, como deve ser o recinto do hamster, as caraterísticas da roda...
Isto não só dá tranquilidade ao criador, como também informa corretamente o proprietário antes da reserva e também garante que futuros erros não se devam a ignorância ou a maus conselhos.
Por outro lado, há ocasiões em que o criador exige fotografias ou vídeos em que o futuro proprietário mostra que tem tudo o que precisa e que esses elementos que tem (cercado, roda, brinquedos...) estão corretos.
DEPOIS DA COMPRA NÃO DESAPARECE
Muitas vezes compramos um animal e, quando temos um problema com ele, vemos que o vendedor “desapareceu” ou que a loja não nos pode ajudar (basicamente porque normalmente não sabem o que fazer ou dizer, pois não têm uma formação centrada neste tipo de animais); por outro lado, o criador ético não se importa se lhe escrevemos uma semana depois de ter o hamster em casa ou ao fim de dois anos, pois quando lhe escrevemos com alguma dúvida ou pedido de ajuda, ele responde-nos e tenta fazer o que pode.
Todos os criadores éticos gostam de receber vídeos e fotos dos seus animais nas suas novas casas ou criam grupos de whatsapp ou facebook onde reúnem todos os donos dos seus animais para partilhar fotos dos seus animais. É uma excelente forma de se manter em contacto e observar a sua evolução.
CONCLUSÃO
Como em todas as áreas da vida, as diferenças entre um criador responsável (ético) e um irresponsável no que diz respeito aos hamsters são muito claras e as “bandeiras vermelhas” fáceis de reconhecer.
Tanto a compra como a adoção, desde que sejam feitas de forma responsável e nos locais certos, são opções totalmente respeitáveis e uma não deve ter precedência sobre a outra, uma vez que a primeira não é culpada pela segunda, nem vice-versa. Tudo está na responsabilidade humana, tanto do criador como do responsável pelo abrigo ou do novo dono.
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