O seu nome diz tudo: o coelho azul de Viena é originário da Áustria. Não só é bonito com o seu pelo azul-acinzentado...
O SILKY TERRIER
INTRODUÇÃO
O Silky Terrier Australiano é uma raça de cães de pequeno porte do tipo terrier. A raça foi desenvolvida na Austrália, embora os antepassados dos cães fossem originários da Grã-Bretanha. Está estreitamente relacionada com o terrier australiano e o Yorkshire terrier. Na América do Norte, a raça é chamada simplesmente de Silky Terrier, enquanto no seu país de origem - assim como no resto do mundo - é chamada de Australian Silky Terrier.
A ORIGEM DO SILKY TERRIER
A história do Silky Terrier remonta à Austrália do século XIX, onde se desenvolveu como uma raça distinta com caraterísticas únicas. A sua origem reside numa mistura de diferentes terriers, incluindo o Terrier Australiano, o Yorkshire Terrier e outros terriers de pelo áspero importados da Grã-Bretanha.
Nessa altura, na Austrália, os terriers eram criados para ajudar no controlo de pragas nas explorações avícolas, especialmente para caçar ratos e ratazanas. Entre esses terriers havia um tipo conhecido como “terrier de pelo áspero” ou “terrier de pelo quebrado”. Este cão pequeno, corajoso e caçador de ratos tinha uma pelagem áspera e texturada de pelo azul e castanho ou cor de areia.
Com o passar do tempo, os criadores australianos começaram a diferenciar os diferentes tipos de terriers com base na sua pelagem e noutras caraterísticas. Em 1898, o Kennel Club de New South Wales ofereceu classes separadas para “Australian Rough Coated Terriers” e “Silky Coated Terriers”. Esta distinção marcou o início do processo de estabelecimento da identidade própria do Silky Terrier.
De facto, o Silky assemelha-se tanto ao Yorkshire Terrier como ao Australian Terrier, mas não é nenhum deles. As caraterísticas que o distinguem de um Yorkie e de um Aussie são muitas vezes as qualidades que os criadores e proprietários de Silkys consideram mais encantadoras. Eles são pequenos, mas não frágeis, enérgicos, mas não são barulhentos.
Naquela época, muitos criadores de Silky também criavam Australian Terriers e/ou Yorkshire Terriers, e havia um cruzamento considerável entre eles. Com o desenvolvimento da raça, um padrão inicial para o Silky Terrier foi estabelecido em 1903. Este padrão centrava-se na sua pelagem sedosa, direita e brilhante, bem como noutras caraterísticas físicas e de temperamento desejáveis.
No final da década de 1950, o Silky Terrier começou a aparecer em exposições caninas nos Estados Unidos, o que ajudou a aumentar a sua visibilidade e popularidade. No entanto, foi inicialmente recebido com alguma confusão e escárnio. Muitas pessoas confundiam-no com um Yorkshire Terrier maior devido à sua aparência semelhante. Com o tempo, os criadores e proprietários de Silky trabalharam para educar as pessoas sobre as diferenças entre as duas raças e para destacar as qualidades únicas do Silky.
Ao longo dos anos, o Silky Terrier conquistou admiradores pela sua aparência elegante e temperamento vivo. O seu pelo sedoso e o seu tamanho compacto fazem dele um cão atrativo tanto como companhia doméstica como no ringue de exposições. Embora seja uma raça pequena, o Silky Terrier é enérgico, inteligente e corajoso.
Atualmente, o Silky Terrier conseguiu manter o seu estatuto de raça distinta e única. Embora a popularidade do Silky Terrier possa variar em diferentes partes do mundo, a raça continua a ser apreciada pela sua personalidade brincalhona e leal. É um cão ideal para famílias activas e para quem procura um companheiro de pequeno porte mas cheio de energia.
O ESTALÃO DO SILKY TERRIER
ASPECTO GERAL: Compacto, moderadamente baixo, moderadamente comprido, de constituição refinada, mas com substância suficiente para sugerir a capacidade de caçar e matar roedores domésticos. O pelo sedoso e liso, dividido ao meio para formar uma risca, dá-lhe um aspeto elegante.
COMPORTAMENTO / TEMPERAMENTO: Deve apresentar caraterísticas de Terrier, demonstrando grande vigilância, atividade e vigor.
CABEÇA: A cabeça é de comprimento moderado, ligeiramente mais curta da ponta do nariz até à região entre os olhos do que da mesma posição até ao occipital. A cabeça deve ser forte, com caraterísticas de Terrier, sendo moderadamente larga entre as orelhas.
REGIÃO CRANIAL
Crânio: plano e sem arredondamento entre os olhos, com um tufo de pelo fino e sedoso que não cobre os olhos (uma longa queda de pelo na face anterior ou nas bochechas é censurável).
REGIÃO FACIAL
TRUFA: Deve ser de cor preta.
Pelo: bem penteado e fino.
MANDÍBULAS/ DENTES: Mandíbulas fortes, dentes uniformes e não apinhados; os incisivos superiores sobrepõem-se estreitamente aos incisivos inferiores (mordedura em tesoura).
OLHOS: Pequenos, ovais, nunca redondos ou proeminentes; a sua cor deve ser tão escura quanto possível, com uma expressão de inteligência apurada.
ORELHAS: Pequenas, em forma de V, de pavilhão fino, colocadas no alto do crânio, erectas e sem pêlos compridos.
PESCOÇO: De comprimento médio, refinado e ligeiramente arqueado, inserido graciosamente nos ombros. Bem coberto de pêlos longos e sedosos.
TRONCO: Deve ser moderadamente longo em proporção à altura do cão.
TOPLINE: Sempre nivelado (tanto em pé como em movimento). É uma falta grave se a linha superior estiver desalinhada ou convexa.
CAUDA: Deve ser forte.
Peito: Profundidade e largura moderadas.
LATERAL: Bem arqueado, com o dorso alargado e um lombo forte.
CAUDA: Preferencialmente encaixada, bem assente e portada erecta, mas não demasiado alta. Não deve ser emplumada. Sem encaixe, as três primeiras vértebras devem ser portadas erectas ou ligeiramente curvadas, mas nunca curvadas sobre a linha superior. Não deve ser enrolada. O seu comprimento, dando uma aparência de equilíbrio geral. Em conformidade com a descrição da cauda com encaixe, a cauda sem encaixe deve também estar isenta de penas.
MEMBROS:
MEMBROS ANTERIORES: Os ossos são finamente definidos e arredondados, direitos e bem assentes sob o corpo, não apresentando fraqueza nos metacarpos.
Espáduas: Finas e bem recuadas, bem adaptadas com braços bem angulados e muito próximas das costelas.
Pés: Nem virados para dentro nem para fora.
QUARTERES POSTERIORES:
Coxas: Bem desenvolvidas.
JOELHOS: Bem angulados.
Ancas: Bem anguladas, vistas de trás, bem descidas e paralelas entre si.
PÉS: Pés de gato, pequenos, com boas almofadas; dedos bem juntos; as unhas devem ser pretas ou muito escuras.
ANDAMENTO: Deve ser livre, direito, sem folga nos ombros ou nos cotovelos, sem viragem para dentro ou para fora dos pés e dos artelhos. Os quartos traseiros devem dar um impulso com ampla flexibilidade nos joelhos e jarretes. Visto de trás, o movimento não deve ser nem demasiado estreito nem demasiado largo.
PELAGEM
Pelo: liso, fino e brilhante, de textura sedosa. O comprimento do pelo não deve ser de molde a impedir os movimentos do cão e deve permitir ver a luz por baixo do cão. As patas dianteiras e traseiras devem estar livres de pelo comprido.
COR: São aceites todas as tonalidades de azul e castanho; quanto mais intensa for a cor e quanto mais claramente definida, melhor. O prateado e o branco não são aceites.
Na cauda, a cor deve ser de azul a muito escuro. É desejável que o tufo da cabeça seja de cor azul ou fulvo.
A distribuição do azul e do bronzeado deve ser a seguinte: bronzeado à volta da base das orelhas, no focinho e nos lados das bochechas; azul da base do crânio até à ponta da cauda, nos membros anteriores até perto da articulação do carpo e nos membros posteriores perto da articulação do jarrete; uma linha bronzeada é indicada abaixo dos joelhos e das articulações do carpo e tíbio-társica até aos dedos dos pés e à volta do ânus. A cor azul do corpo não deve ser bronzeada. As marcas bronzeadas não devem estar manchadas. A cor preta é autorizada nos cachorros, mas a cor azul deve estar estabelecida até aos 18 meses de idade.
TAMANHO E PESO
ALTURA AO GARROTE:
- machos: 23 a 26 cm. Altura ao garrote
- Fêmeas: Podem ser ligeiramente mais baixas.
PESO: Peso proporcional ao tamanho.
FALTAS: Qualquer desvio em relação aos pontos anteriores deve ser considerado uma falta e a gravidade com que a falta deve ser considerada deve ser exatamente proporcional ao seu grau.
Qualquer cão que apresente sinais evidentes de anomalias físicas ou comportamentais deve ser desqualificado.
NOTA: Os cães machos devem ter dois testículos de aparência aparentemente normal, completamente descidos no escroto.
QUAL É A DIFERENÇA ENTRE O SILKY TERRIER E O YORKSHIRE TERRIER?
Quando vistos lado a lado, as diferenças são claras:
A primeira coisa é o tamanho e o peso já que o Yorkshire Terrier é um cão mais quadrado e compacto que o Silky Terrier, o Yorkshire Terrier tem um peso máximo de 3,200kg enquanto que o Silky Terrier pode chegar aos 8, o focinho do Yorkshire é mais pequeno, mais curto e redondo e o seu pelo muito mais comprido e abundante (especialmente na zona da cabeça).
É muito fácil encontrar cruzamentos de Yorkshire e Silky nas lojas de animais ou fruto de cruzamentos entre indivíduos que não conhecem as diferenças entre eles, bem como enganos em que Silkys são vendidos ou cedidos por Yorkshires devido a este motivo (a ignorância da população em geral).
CUIDADOS A TER COM O SILKY TERRIER
O Silky Terrier é um cão de cuidados simples, requerem uma escovagem semanal e banhos mensais (ao contrário do Yorkshire Terrier que requer cuidados mais meticulosos e banhos mais frequentes quando são mantidos com pelo comprido), não requerem oleação ou acondicionamento do pelo e devido aos seus elevados níveis de energia requerem exercício diário. Os seus instintos de caça não são tão pronunciados como no Australian Terrier.
Em termos de alimentação necessita de ómega 3 para manter a pele e o pelo em bom estado, pelo que as rações à base de peixe são uma boa opção, assim como a carne de vaca Angus (devido ao seu teor de sódio, excelente para o coração), a marca Reis d'Aranda tem ambas as variedades.
De um modo geral é uma raça muito saudável e como é “pouco comercial” (não está na moda) as suas doenças são poucas e fáceis de controlar através de exames sanitários adequados:
- Luxação patelar: A luxação patelar é uma das doenças ortopédicas mais comuns em cães e é diagnosticada em 7% dos cachorros. A doença afecta principalmente cães pequenos, especialmente raças como os boston e yorkshire terriers, chihuahuas, pomeranians e poodles miniatura. A incidência em raças maiores tem vindo a aumentar nos últimos dez anos e raças como o shar pei chinês, o smooth retriever, o akita e o cão da montanha dos Pirinéus são atualmente consideradas predispostas à doença. A luxação patelar afecta ambos os joelhos em metade dos casos, podendo provocar desconforto e perda de função. A luxação da patela é ocasionalmente causada por uma lesão traumática do joelho, resultando numa claudicação súbita e grave do membro.
- CATARATAS: As cataratas nos cães são uma perda de transparência do cristalino que os ajuda a ver melhor, ou seja, perda do cristalino. Devido à rutura do cristalino, os olhos ficam turvos e provocam uma visão desfocada. É essencial tratá-las o mais cedo possível, porque quanto mais tempo passa, mais densas se tornam e mais provável é que os caninos fiquem com uma perda total de visão sem capacidade de a recuperar. Existem várias causas para a doença das cataratas nos cães. Uma delas pode ser por natureza ou pela idade avançada do cão, como já referimos acima, devido à rutura do cristalino. Mas há também outras causas de cataratas em cães, como traumatismos, lesões, inflamação do olho ou diabetes. No entanto, a causa mais comum, ou a mais comummente diagnosticada, é a catarata hereditária. A idade não é um fator determinante nesta causa, uma vez que podem aparecer quando o animal é jovem.
- GLAUCOMA: O glaucoma é um grupo de doenças que causam danos progressivos no nervo ótico, com a consequente redução do campo visual. Esta doença pode ser primária ou secundária, e não causa sintomas até estar muito avançada, pelo que se não for diagnosticada a tempo pode causar cegueira.
- Distiquíase: A distiquíase é uma anomalia em que crescem pestanas extra a partir dos folículos pilosos das pálpebras, mas numa posição anormal, ou seja, para dentro em vez de para fora. Estas pestanas extra são normalmente mais espessas e rígidas do que as pestanas normais, o que pode causar irritação, arranhões na superfície ocular e outros problemas oculares (não deve ser confundido com entrópio).
CONCLUSÃO
O Silky Terrier é uma raça pouco conhecida que é muito fácil de confundir com o Yorkshire Terrier, apesar das diferenças substanciais entre as duas raças caninas. A sua facilidade de tratamento e a sua personalidade alegre e ativa fazem dele um bom animal de estimação para famílias com crianças grandes, desde que lhe dêem a educação e a socialização de que os terriers tanto necessitam para evitar os problemas de comportamento típicos.
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