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DOENÇA DE AUJESZKY
INTRODUÇÃO
A doença de Aujeszky, também conhecida como “pseudorabies”, é uma doença potencialmente fatal transmitida por porcos e javalis, sendo os animais mais susceptíveis de serem infectados os cães pertencentes a matilhas ou a caçadores de caça grossa.
O QUE É A DOENÇA DE AUJESZKY?
A doença de Aujeszky (DA), também conhecida como “pseudorabies”, é causada pelo Herpesvírus porcino tipo I, apresentando sintomas clínicos nervosos, respiratórios ou reprodutivos, dependendo da estirpe do vírus, da idade do animal e da dose infecciosa. A morbilidade e a mortalidade nos surtos epidémicos são muito elevadas, especialmente nos leitões e nos animais de engorda, causando falhas reprodutivas numa elevada proporção de fêmeas que estão grávidas na altura da infeção. A infeção com este vírus em mamíferos não suidae (exceto primatas superiores e o homem) resulta num sistema nervoso fatal.
QUAIS SÃO OS SINTOMAS DA DOENÇA DE AUJESZKY?
A doença de Aujeszky em cães caracteriza-se por uma evolução hiperaguda. Os sinais iniciais incluem:
- ALTERAÇÕES COMPORTAMENTAIS: Letargia, inatividade, inquietação ou agressividade, esfregar-se violentamente contra o chão e as paredes, auto-mutilações.
- OUTROS: Vómitos, diarreia, dispneia secundária, edema pulmonar, hipersalivação, convulsões e febre.
- ALTERAÇÕES FÍSICAS: Comichão grave na cabeça (raramente noutras zonas), úlceras, inchaço grave, paralisia dos músculos faciais, auto, perda do reflexo pupilar, inclinação da cabeça (síndrome vestibular), incapacidade de engolir.
COMO É QUE A DOENÇA DE AUJESZKY SE TRANSMITE?
Uma vez que a doença de Aujeszky está praticamente erradicada nos suínos, no nosso país a principal via de infeção dos cães é o consumo de carne crua e miudezas de javalis infectados e a mordedura de javalis mortos durante a caça. A doença tem um período de incubação de 2 a 7 dias, desde o momento em que o vírus entra no corpo do cão até ao aparecimento dos primeiros sintomas. Os cães doentes podem apresentar vómitos, diarreia, falta de apetite, dificuldade respiratória, nervosismo, uivos, alterações comportamentais, alterações neurológicas, etc. Um dos sintomas mais evidentes é que muitos destes animais apresentam uma comichão súbita e muito intensa, impossível de controlar e localizada no local onde o vírus penetrou, normalmente num dos lados da cara. A morte ocorre menos de 24 horas após o aparecimento dos primeiros sintomas.
COMO É QUE A DOENÇA É DIAGNOSTICADA?
O curso hiperagudo da doença significa que, na maioria dos casos, o diagnóstico ante-mortem da doença de Aujeszky no cão é presuntivo e baseado na história (contacto com javali ou os seus restos) e no quadro clínico.
O diagnóstico definitivo é efectuado post-mortem, normalmente por PCR no tecido cerebral. Menos frequentemente, o diagnóstico é estabelecido por imunohistoquímica ou após o isolamento do vírus. A serologia não é geralmente útil porque a grande maioria dos animais morre ou é eutanasiada antes de ocorrer a seroconversão.
A hematologia e o perfil bioquímico dos cães com a doença de Aujeszky não apresentam geralmente alterações, enquanto a análise do líquido cefalorraquidiano revelou um aumento da concentração de proteínas e uma pleocitose mononuclear, sugestivos de encefalite viral, mas não específicos da doença de Aujeszky.
Tendo em conta o quadro clínico e a evolução da doença de Aujeszky em cães, o diagnóstico diferencial deve incluir intoxicações (metais pesados, pesticidas, etilenoglicol ou herbicidas), esgana e raiva (quando esta é uma possibilidade).
CONCLUSÃO
Uma vez que não existem vacinas preventivas para cães ou gatos contra esta doença, a prevenção consiste em evitar alimentar os cães e gatos com miudezas provenientes da caça (especialmente javali) e atuar rapidamente ao primeiro sinal de doença.
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