O seu nome diz tudo: o coelho azul de Viena é originário da Áustria. Não só é bonito com o seu pelo azul-acinzentado...
LEUCEMIA FELINA
INTRODUÇÃO
A leucemia felina é uma doença crónica generalizada nos gatos, que pode provocar problemas graves e danos no sistema imunitário do animal.
O QUE É A LEUCEMIA FELINA?
O vírus da leucemia felina (também designado por “FeLV”) é um vírus que pode ser encontrado em qualquer parte do mundo. Qualquer gato pode ser infetado pelo vírus, mas o risco de infeção varia muito em função da sua idade, dos seus hábitos, do seu estado geral de saúde e do ambiente em que vive (um animal que vive na rua não é o mesmo que um que vive numa casa).
O FeLV pode ser transmitido por dois vectores principais: a higiene mútua (incluindo da mãe para os gatinhos), através da placenta, do leite materno ou através de feridas causadas por mordeduras em lutas. O FeLV está presente nos fluidos corporais, principalmente na saliva, na urina e nas fezes. O vírus FeLV não sobrevive fora do corpo do gato, pelo que o contacto próximo entre o animal infetado e o animal saudável é normalmente necessário para a transmissão.
Quando o animal é infetado, o vírus multiplica-se na corrente sanguínea. Durante esta fase inicial, o gato pode superar a infeção e matar o vírus naturalmente, mesmo sem apresentar quaisquer sintomas, quer por ter sido previamente vacinado, quer porque o seu sistema imunitário é muito forte. No entanto, em alguns gatos, o sistema imunitário não consegue erradicar o vírus (está enfraquecido) e estes animais são infectados de forma persistente para o resto da vida, tornando-se portadores e afectados; podem morrer meses ou anos após a infeção inicial e a virulência do vírus depende dos factores acima mencionados.
SINTOMAS DA LEUCEMIA FELINA
A doença resultante da infeção pelo FeLV (leucemia felina) pode provocar o aparecimento de diferentes sintomas ou alterações que variam de um gato para outro, podendo apresentar apenas alguns deles ou todos eles. Estes incluem
- Febre
- Perda de apetite
- Letargia
- Perda de peso
- Deterioração e perda de pelo
- Má recuperação da doença
- Inflamação dos gânglios linfáticos
- Anemia
- Perturbações gastrointestinais
- Infecções cutâneas
- Infecções do trato respiratório superior
- Infecções da boca (baba contínua, espessa e fibrosa)
- Cancro (em consequência do vírus)
- Lesões de órgãos (medula óssea, rins, intestino ou gânglios linfáticos).
As fases da leucemia felina são as seguintes
- PRIMEIRA FASE: Esta fase também é conhecida como a “fase de viremia”, onde geralmente aparecem os primeiros sintomas, como letargia ou anorexia; o vírus reproduz-se nos gânglios linfáticos.
- SEGUNDA FASE: Chamada “fase assintomática”, nesta fase podemos não encontrar quaisquer sinais da doença porque o sistema imunitário do gato conseguiu livrar-se dela ou porque se trata de um gato doente assintomático, pelo que a deterioração continua até chegar à terceira fase sem que o saibamos.
- TERCEIRA FASE: Ou “fase de imunodeficiência”, nesta fase há uma queda importante no número de linfócitos T CD4+/CD8+, o sistema imunitário do gato entra em colapso e desenvolve-se o que se conhece como “Síndrome de Imunodeficiência Adquirida” (SIDA).
Em termos de diagnóstico, os sintomas são geralmente tão inespecíficos que, por vezes, pode ser impossível fazer um diagnóstico exato durante as fases iniciais da doença. Por exemplo, se um gato apresentar um crescimento atrofiado ou uma deterioração da massa corporal, deve consultar um veterinário para afastar qualquer suspeita de leucemia.
PODE SER TRATADA OU PREVENIDA?
A vacinação pode prevenir a infeção persistente e, consequentemente, a doença por FeLV. A vacina contra o vírus da leucemia felina pode ser incluída na vacinação geral, ou pode ser oferecida como complemento da mesma, pelo que pode ser prevenida e é essa a importância da vacinação, mesmo que o nosso gato não tenha contacto com o exterior.
Se o gato já estiver infetado, a vacinação não fará nada, daí a importância de testar a doença; regra geral, os criadores fornecem um certificado veterinário de que o gato está livre do vírus (não o adquiriu do ambiente ou da mãe), mas quando adoptamos um gatinho ou o tiramos da rua, é essencial fazê-lo, especialmente se tivermos mais gatos em casa.
Não existe nenhum medicamento capaz de eliminar o vírus da leucemia felina ou de curar as doenças que provoca; de facto, apenas pode ser dado um tratamento de suporte. No entanto, esse tratamento pode permitir que o gato mantenha uma qualidade de vida aceitável durante muitos meses ou anos.
CUIDADOS A TER COM O GATO LEUCÉMICO
O gato afetado deve ser desparasitado interna e internamente de forma regular e a vacinação contra as doenças comuns que podem afetar estes pequenos animais é essencial, mesmo que os nossos gatos não saiam de casa ou saiam com outros gatos. Isto é extremamente importante porque o vírus FeLV deprime o sistema imunitário e qualquer doença pode ser terrível para o seu gato: uma pequena ferida que infecta, uma constipação, uma picada de carraça....
É fundamental estimular o seu sistema imunitário não só com medicamentos veterinários, mas também através da alimentação e, neste caso, devemos optar por rações e snacks de qualidade que forneçam ao nosso gato o maior número de nutrientes possível, como as rações e snacks da Reis d'Aranda, que têm também um snack específico para o sistema imunitário. É também essencial que façamos uma monitorização semanal do seu peso e que evitemos adotar mais gatos quando temos um gatinho leucémico em casa (para evitar o contágio), esta regra não se aplica se o novo gatinho que vamos adotar já tiver sido previamente infetado com a doença.
A leucemia pode apresentar-se de várias formas diferentes e pode ter diferentes tratamentos veterinários específicos, mas em qualquer caso recomenda-se que siga cuidadosamente as instruções do médico.
CONCLUSÃO
Se notar algum sintoma ou anomalia, contacte o seu veterinário para que ele possa efetuar o diagnóstico preliminar necessário ao seu gato.
Deixe um comentário
Faça login para postar comentários