O seu nome diz tudo: o coelho azul de Viena é originário da Áustria. Não só é bonito com o seu pelo azul-acinzentado...
AS MELHORES RAÇAS DE COELHOS PARA TERAPIA
INTRODUÇÃO
A mediação animal, ou zooterapia, é um método terapêutico que consiste em utilizar a proximidade e o contacto de um animal de companhia para ajudar pessoas em dificuldade (stress, problemas familiares, problemas pós-operatórios, etc.). Mais especificamente, a zooterapia consiste na presença de um ou mais coelhos.
TERAPIA ASSISTIDA POR COELHOS
A inclusão de animais com fins terapêuticos na terapia é cada vez mais frequente. Existem inúmeros estudos e teorias que sustentam os muitos efeitos positivos e benefícios derivados da relação entre humanos e animais.
O contacto com animais de estimação reduz os níveis de cortisol no sangue, responsáveis pelo stress, e ajuda a aumentar os níveis de seratonina e endorfina, aumentando assim o bem-estar e o relaxamento.
As Terapias Assistidas por Animais trabalham em 4 áreas principais, “A área física, porque precisamos que as pessoas se mexam ou se movimentem; a área cognitiva, porque trabalhamos em actividades que fortalecem a sua memória; a área emocional, porque incentivamos as suas emoções e sentimentos a virem à tona; e finalmente a área relacional e de linguagem, porque queremos que o animal seja uma motivação para se relacionar com o seu ambiente.
Durante séculos, os animais foram treinados e utilizados para melhorar o estado emocional dos seres humanos. Esta utilização vai desde a companhia oferecida pelos próprios animais, até ao apoio físico direto que algumas espécies proporcionam durante os processos de reabilitação. A coelhoterapia é um tipo de terapia assistida em que o animal de apoio é um coelho.
QUAIS SÃO AS MELHORES RAÇAS DE COELHOS PARA TERAPIA?
ANGORA INGLÊS
O coelho angorá (especialmente o inglês) é uma das raças preferidas como animal de estimação, tendo um impacto especial em França. O seu carácter doce e amigável, a beleza do seu pelo, a sua fotogenia e a sua facilidade de manutenção, uma vez que pode ser tosquiado sem receio de danificar o folículo ou de ser visualmente desagradável, fazem dele a escolha ideal para todos os proprietários ou potenciais proprietários que procuram um coelho sociável, bonito e alegre.
TEDDY LOP
O coelho anão Teddy Lop é uma das raças anãs mais exóticas e minoritárias do mundo, uma raça bonita e de personalidade doce, cuja população se distribui principalmente nos Estados Unidos, em França, em Espanha e nos Países Baixos.
Esta raça de coelho anão é uma das consideradas “em vias de extinção” devido ao número reduzido de criadores especializados que se lhe dedicam, o que dificulta a aquisição de exemplares de boa qualidade (morfologia e pelagem). Nos Estados Unidos é uma raça muito popular (sendo conhecida como “European Teddywidder” e eles próprios desenvolveram uma variante com um corpo mais curto e maior quantidade de lã utilizando o Holland Lop, o Angorá e o Lionhead, chamando-lhe “American Teddywidder”.
DWARF BELIER
O Dwarf Belier (Lop Anão) é a maior e mais pesada de todas as raças de coelhos anões, com um peso adulto de 1,930kg-2,381kg e muitas vezes o seu nome é utilizado para enganar a população e vender rafeiros que acabam por pesar 5 ou 6kg, têm caraterísticas físicas estranhas ou, simplesmente, para designar qualquer coelho que tenha uma ou ambas as orelhas penduradas.
COELHO FRANCÊS
O Lop Francês é muito parecido com o Lop Inglês, exceto que não tem orelhas de tamanho tão exagerado. Surgiu em França por volta de 1850 e foi o resultado da união de duas raças extintas; esta nova raça tornou-se muito popular nos países vizinhos e foi apresentada pela primeira vez numa exposição por volta de 1933, quando foi exportada para o Reino Unido. O seu peso adulto é de 4,5 kg.
COELHO REX
Fofo, bonito e muito popular no mundo da moda. O coelho “Rex” é uma das raças preferidas em países como o México e a Inglaterra, o seu carácter sociável e o seu pelo espetacular dão-lhe a alcunha de “Rei dos coelhos”. Tanto o “Rex” como a sua variedade anã (o “Mini Rex”) são um dos melhores aliados para os alérgicos que desejam viver com um coelho, mas cujas doenças os impedem de o fazer; o seu pelo (especialmente curto e com pouca queda) faz destas raças excelentes escolhas, pois as probabilidades de desencadear um ataque alérgico são muito menores do que noutras raças de coelhos.
A IMPORTÂNCIA DA SELECÇÃO GENÉTICA
Tal como acontece com todos os animais destinados a uma função específica que não seja a de companhia (pastoreio, guarda, salvamento...), a seleção genética desempenha um papel importante nos animais destinados à terapia assistida, ainda mais quando se trata de animais sensíveis que são presas por natureza.
As raças acima mencionadas estão predispostas a serem calmas, sociáveis e manejáveis, aceitam ser acariciadas e pegas e os seus níveis hormonais (territorialidade) tendem a ser bastante baixos.
Como sempre, podemos encontrar indivíduos que são a exceção à regra, mas estes são casos excepcionais.
Quando procuramos um animal de terapia, uma das coisas que temos de ter em conta é que os pais do coelho devem ser simpáticos e ter uma personalidade meiga (como já referimos), pois a mãe é o primeiro animal da mesma espécie que lhes vai ensinar como funciona o mundo e, se a mãe se deixa pegar ao colo, se aproxima dos humanos sem problemas e procura as suas carícias, os seus filhos vão imitá-la.
TODOS OS COELHOS SÃO ADEQUADOS PARA TERAPIA?
Não, nem todos os coelhos são adequados para a terapia assistida. Os coelhos que são extremamente nervosos, territoriais, muito ariscos ou que não aceitam que lhes peguem ao colo não são adequados para esta função.
VANTAGENS DO COELHO EM TERAPIA ASSISTIDA
São várias as caraterísticas e qualidades que fazem do coelho um bom animal de terapia. Entre elas podemos encontrar:
- Tamanho pequeno.
- Inteligente e amigável com os humanos.
- Brincalhão.
- Fácil de socializar e de manusear.
- Boa comunicação corporal para transmitir os seus gostos e aversões.
- Por outro lado, pode criar-se uma forte ligação entre coelhos e crianças, uma vez que o coelho é um animal popular na infância.
A literatura infantil está repleta de coelhos, pelo que é normal que as crianças entre os 7 e os 10 anos se sintam atraídas por estes adoráveis animais. Por conseguinte, a terapia com coelhos pode provocar sentimentos muito positivos nas crianças e também melhorar a sua linguagem e imaginação. De acordo com estudos efectuados em diferentes hospitais pediátricos, o coelho é facilmente aceite por crianças com problemas emocionais ou físicos.
CONCLUSÃO
Os coelhos são animais de terapia maravilhosos, podem não ser tão interactivos ou tão fáceis de treinar como os cães ou os cavalos em miniatura, mas podem oferecer tranquilidade e distracções benéficas aos pacientes (escovar-lhes o pelo, fazer-lhes festas, alimentá-los...). A Cuniterapia é pouco conhecida, mas tão útil e fascinante como todas as outras.
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